domingo, 27 de fevereiro de 2011

Ano novo

Ano novo

Ela sabia que falasse comigo os meninos voltariam então quis apenas falar com minha mãe há deixando apavorada, e eu estando com a pessoa que conheci pela Internet, eu estava sentindo algo de errado e comentei com ela, liguei em casa e não consegui falar, e depois de 10 minutos minha mãe conseguiu falar comigo.

- Você vai demorar voltar pra casa, por que os meninos não estão querendo voltar segundo o esclarecimento de sua ex, acho isso tudo muito estranho e esta acontecendo muito desencontros, sua irmã vai perder o ônibus de volta pra São Paulo. - Minha mãe

- eu já estou indo, se minha irmã ligar diz para não discutir e nem se desgastar, apenas vai a policia e faça um BO, ela é obrigada e entregar os meninos. – eu

Bem, estranhamente depois de um apavoramento, e várias ligações a cobra de minha ex, as crianças voltam finalmente. Quando chegaram aqui, eu não fiz pergunta nenhuma sobre o acontecido e deixei eles descansarem, até que o mais velho me disse que ele já tinha previsto isso, e falou mais, disse que ela argumentou com eles sobre eu querer ficar com eles só para não pagar a pensão, que eu não os amava como ela e deixaria com pessoas estranhas e muita coisa mais. Comecei a explicar coisas que ele tinha que saber, pois a mãe dele jogava e joga baixo, disse varias coisas e também falei que sabia como tinha sido lá antes dele mesmo me contar, frisando que eu sabia o que ele tinha passado, e não por esse motivo ele deixaria de amar a mãe dele, ela podia ter vários defeitos mas ele tem que amá-la como ela é, e deveria aceitar os seus defeitos.

Estava demonstrando dificuldade na escola, e quando teve alguns trabalhos ele varou a noite fazendo, o J.J percebeu que eu era jogo duro comigo, mas ele estava aprendendo tudo, em 6 meses ele estava aprendendo o que não tinha aprendido em 1 ano e meio com a mãe dele.

Depois do acontecido do feriado de finados eu estava preocupado com as férias deles, ficava imaginando como seria quando ele fosse para o interior depois do natal e só voltar depois do dia 21 de janeiro, isso me assustava e começou a me deixar inseguro, comecei a sentir muito medo dos meus filhos mudarem de idéia e resolverem morar com a mãe, claro que se acontecer isso eu aceito de imediato, afinal a vontade dos meus filhos é que prevalecem, obviamente que tem que ser muito bem estudado, pois ela, minha ex tem uma persuasão de mudar o que as pessoas pensam sempre se favorecendo, e mexer com a cabeça de criança é a coisa mais fácil que tem.

Eu já estava ficando louco com a falta de emprego e a minha namorada, me ajudando com os meninos e com a parte psicológica de agüentar tudo isso, claro que nós não agüentamos se não tivermos uma ajuda e graças a deus eu tinha encontrado uma pessoa que além de me compreender ela procurava me ajudar em tudo, logo veio a pergunta...

- Eu e você estamos como? O que somos afinal? Quero saber o que eu estou representando pra você? – ela minha namorada

- Eu estou velho demais pra brincar de casinha e de mão dada, eu quero uma coisa seria e uma pessoa que pense pra frente comigo, e que esteja comigo pra tudo, que não tenha medo de errar e corrigir quando errar, uma mulher que seja amiga, amante, esposa, perversa e santa, uma pessoa que queira enfrentar tudo isso comigo pra depois sorrirmos, e espero e vejo isso tudo em você, assim como eu você já passou por 2 casamentos que não deu certo, as experiências que nos faz quem somos, e através delas nos ensina como devemos ser, ser mais paciente ou mais acelerado, e no meu caso eu estou cansado querendo um lugar com uma pessoa pra curtir momentos simples da vida, como assistir o por do sol a dois. – eu

Entendendo tudo o que eu tinha falado, ela concluiu afirmando que também queria o mesmo e ai então o nosso relacionamento começo na ficar mais intenso, a minha maior dificuldade era encontrar uma pessoa que não me descriminasse por ter 4 filhos, coisa que aconteceu muito, e admito que isso é muito raro, pessoas assim é muito raro e ela passou a conhecer meus filhos. Quando os conheceu ficou abismada com os relatos sobre o que eles falavam da própria mãe, sem perguntar nada eles faziam comparações de como ela era e como a mãe é, apresentando uma vontade de como eles gostariam que a mãe deles fosse.

Chegado o natal e o meu pesadelo estava ai, e depois eles iriam para a casa da mãe, o estudo social devido o processo de guarda foi feito e logo passou o natal, os meninos viajaram, ficando comigo apenas a minha filha mais velha do primeiro casamento, mas logo ela me diu para ir a casa da mãe dela, claro que eu deixei, sem os meninos aqui tudo é muito triste, não tem a bagunça deles. O ano passa e tirando as comemorações estava tudo em ordem ai, outro passo que teria que ser realizado, o estudo psicológico no fórum estava marcado para fevereiro, e um alivio veio em meu coração, eles começariam a estudar comigo e dando esperanças de que eu estava com vantagem sobre o processo deles, ai veio uma surpresa, minha ex querendo remover o processo de guarda dos meninos para o interior, segundo o pedido, ela alega que o juiz competente para julgar esse processo é o de lá, e não o da qui. Assim foi feito, os meninos voltaram, e o J.J meio estranho, quieto, cabeça baixa, os dias foram passando e o dia de levá-los estava chegando, as aulas iriam começar e eles o J.J estava na mesma escola que minha mais velha estava, e a minha gatinha também estava matriculada no EMEI, já atrasada com 5 pra 6 anos. O dia do estudo psicológico chegou, e pedi para minha mãe e minha filha mais velha ir junto comigo, eu sabia que elas seriam escutadas, e foi dito e feito, acontece que minha ex também tinha que ter vindo e ela não compareceu, demonstrando desinteresse, e não conseguindo entender isso, como uma mãe pode deixar crianças assim e fazer o inferno que faz, mas ao mesmo tempo não os querer, uma coisa que a psicóloga não sabe que a única forma de me atingir é mexendo com meus filhos, e é isso mesmo que ela faz pra se divertir, ai derruba minha muralha e dependendo do ato pra defender meus filhos eu viro o próprio CÃO.

Minha namorada começou a morar em casa, morando comigo logo disse que para construir algo ela teria que trabalhar, e me afirmando que ela sempre trabalhou, não seria diferente agora, logo ela arrumou um emprego, e os meninos começaram a observar mais, a mim e a ela, o J.J me perguntou o porque eu me separei de sua mãe, e a minha gatinha começou a chorar dizendo que ela queria que a mãe dela morasse conosco.

- Minha gatinha, eu e sua mãe não nos gostamos mais como namorados filha, aqui ela não pode morar, e ela tem a casa dela, veja por outro lado agora você tem 2 casas, a da mamãe e a do papai. – eu

- Tem muita coisa que eu poderia falar pra você J.J, mas a única coisa que por enquanto posso dizer é que acabou o amor entre a gente e o respeito também. – eu